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Crítica Piranha 3D

Animais assassinos soltos em lugares extremamente povoados. Conceitos como esse foram muito usados durante os anos para fazer filmes de terror que até hoje são cultuados. E agora “Piranha 3D” tenta trazer esses conceitos para a década atual impulsionado pela moda dos filmes em três dimensões.

Para começar o argumento é muito simples, um terremoto abre uma fenda em um lago liberando piranhas pré-históricas em um lago durante o spring-break (a nossa semana do saco cheio), época em que o lago lota de jovens atrás de diversão, que logo se transforma em terror com os ataques das tais piranhas, e aí que tudo começa a desmoronar. Claro que sendo um filme trash nada mais óbvio do que esperar somente mutilações e sangue jorrando, e esse é o mérito do filme, mas o filme falha feio no roteiro, e consegue criar poucas cenas dignas, a melhor cena do filme pode ser vista no trailer do filme.

Mas é o resto?

O resto do filme se baseia em mostrar um ataque das piranhas e tenta criar algum suspense sem muito êxito, muitos peitos aparecem, temos nu frontal submarino durante um ato sexual lésbico submarino e só, e mortes que algumas horas chega a dar uma certa aflição e outras tiram gargalhadas dos espectadores. Tirando isso nada de bom realmente acontece na trama, tudo aquilo que poderia fazer o filme trash ser bom acaba sendo dispensável ou superficial. O interesse amoroso entre os protagonistas é mal explorado, assim como os personagens que não fazem o público ter empatia por eles.

Não se enganem pela presença de Christopher Lloyd e de Richard Dreyfuss no filme, as cenas em que eles aparecem são poucas e no geral fúteis. O papel de Christopher Lloyd poderia ter sido trocado por uma rápida pesquisa no Google, por exemplo.

Em uma entrevista o diretor Alexandre Aja disse que tentou criar um filme que iria fazer as pessoas terem medo de entrar na água como Spielberg fez com tubarão na década de 70, mas a única coisa que ele conseguiu foi criar mais um trash exploitation, que se limita ao sangue e o sexo.

Por Renan Cavalcante

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Karatê Kid

Um clássico da minha infância volta aos cinemas. Difícil engolir isso, mas o novo Karatê Kid não é de todo mal.

Apesar de o filme não ter nada de karatê e muito de Kung-Fu, e me fazer pensar o que se passou na cabeça dos produtores para não fazer essa mínima alteração no nome do filme, a essência do filme é bem semelhante ao original de 1984. O garoto se muda com a mãe, conhece uma garota, apanha por causa dela, tenta aprender uma arte marcial pra se defender dos valentões com um professor que disvirtua os reais valores do Kung-Fu,  e depois começa a ser treinado pelo pacato mestre o qual ninguém dava muito crédito

Mesmo tendo o mesmo argumento, há muitas diferenças entre os dois filmes: saem as ruas da Califórnia e entram os becos dos bairros chineses e as paisagens deslumbrantes como a muralha da China, sai Pat Morita e entra Jackie Chan  demonstrando o mesmo carisma que seu sucessor e que em sua única cena mostra o mesmo estilo de luta pelo qual é conhecido, e que acaba sendo um dos pontos altos do filme, já Jaden Smith não caiu muito bem no papel de Daniel San, aqui chamado de Dre, que apesar de ser só apanhar não nos faz ter aquela mesma empatia que tínhamos por Ralph Macchio, nada que prejudique tanto o resultado final do filme, mas também não vai criar um herói para as crianças de hoje.

Mesmo não atingindo todo o potencial que esse remake poderia ter, o novo Karatê Kid, ou Kung-fu Kid se preferir,  é uma boa pedida para um momento pai e filho no cinema e que infelizmente não vai ensinar aos pequenos o tão famoso chute da garça, muito imitado pelos garotos das décadas passadas.

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Crítica Avatar

As primeiras vezes que eu ouvi falar de Avatar confundi com o desenho da Nickelodeon, só depois fui entender do que se tratava e ai que as expectativas começaram. Ouvi muitas vezes que o diretor James Cameron havia esperado uns 14 anos para poder fazer o filme, e que essa demora toda aconteceu porque não existia a tecnologia necessária para por em prática todas as suas idéias. Tudo isso que foi falado me inflou de expectativas quanto ao filme, mas logo no primeiro trailer elas diminuíram, afinal um trailer em 2D no computador do trabalho não se compara ao visual pretendido em uma tela gigante em 3D. E assim fui para o Avatar Day, no IMAX aqui de São Paulo, ainda assim com grandes expectativas, e sai de lá satisfeito com o que vi. Um visual impressionante e cenas que davam o tom do que veria na versão final. O problema ficou com certa insegurança que afetou a todos. Afinal, será que além de ter um ótimo visual, o resto da obra atingiria as expectativas criadas por todo hype criado?

Li em certos lugares, e também tive a impressão que Avatar não iria ser o que estava sendo esperado, mas posso falar que tudo isso não passou de especulação e o que assisti hoje no cinema foi algo que só não superou as minhas expectativas por alguns pequenos detalhes, mas nada que chegasse perto de estragar um ótimo filme, que foi a estreia mais aguardada do ano.

A começar pelo visual do filme, é uma coisa espetacular, não tem como acreditar que Pandora não é algo real, um ecossistema todo criado para dar veracidade ao filme ajudou muito também. Tudo ali parece real e em sintonia, as árvores, os pequenos e os grandes animais, a vegetação rasteira tudo ali dá a impressão de algo grandioso e real.

Com um roteiro bem montado que só deixa a desejar em algumas partes do filme,como o começo da história, que não foi dada uma importância para a história do protagonista Jake Sully, aqui na terra quando ele ainda era fuzileiro e o que levou a ficar paraplégico. Só uma pequena cena explica como ele foi parar no programa Avatar. O final não foi algo surpreendente, era exatamente o que eu esperava, e torcia para não acontecer. Mas o clímax do filme esse sim vale a pena, com ótimas tomadas de ação e mais deslumbre visual com todos os acontecimentos que se desenrolam ali.

E claro que em tempos de aquecimento global o discurso ecológico está nas entranhas de toda a história. Mensagens do tipo “devemos respeitar as florestas” e “os homens estão destruindo tudo por causa da ganância” podem ser percebidos durante a trama. Mas nada tão gritante que faça você achar que está assistindo documentários como “Uma Verdade Inconveniente”.

Avatar é um filme que deve ser assistido, em IMAX, mas se você não morar em São Paulo ou Curitiba opte pelas cópias em 3D, pra poder fazer parte da experiência que é assistir Avatar  e ver o motivo de tanta espera do diretor em fazer esse filme e deixá-lo absurdamente incrível, que faz os queixos caírem.

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Estreias da semana – 25/09

Enquanto acontece o festival do Rio, no Rio. Ficaremos por aqui com as estreias da semana.

Pacto Secreto

Depois que uma brincadeira não sai como o esperado, um grupo de amigas de uma fraternidade tenta encobrir a morte de uma das moradoras, mas acabam sendo perseguidas por um serial killer, que ameaça enviar vídeos da noite do acidente para a polícia. Refilmagem do clássico do gênero de 1983.

Crítica

Pequenos Invasores

Grupo de crianças em férias numa bela casa no estado americano do Maine é obrigado a enfrentar e defender a todos de uma invasão alienígena. O problema é que eles estão bem no andar de cima da casa.

Jogando com Prazer

Para Nikki, a vida é um jogo bem simples. Ele se considera um cara muito esperto e sabe que a beleza e juventude são suas melhores cartas, e passa os dias e as noites aproveitando o melhor que a vida pode dar. Com Samantha, sua última conquista, ele ganhou tudo que sempre sonhou. Mas ao encontrar Heather, uma sedutora garçonete, ele descobre que as regras do jogo acabaram de mudar e agora ele vai ter que decidir se vai querer continuar jogando.

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Estreias da semana – 11/09

Falando Grego

Georgia (Nia Vardalos) é uma americana de origem grega que trabalha como guia turística justamente na Grécia. Sua vida é extremamente entediante e ela vive sempre cansada, pois os turistas parecem curtir mais as compras do que aprender alguma coisa sobre a Grécia. Hotéis baratos, ônibus velho, calor infernal e turistas “engraçadinhos” tornaram Georgia uma mulher frustrada. Até o dia em que Irv Gordon (Richard Dreyfuss), um turista muito especial, aparece. Com seu senso de humor ele tenta mostrar todas as possibilidades de viver bem, ser feliz e não perder a chance de ter um grande amor, enfim, recuperar seu kefi, como dizem os gregos. Agora cabe a Georgia parar de reclamar e perceber que tudo isso sempre esteve bem embaixo do seu nariz.

Crítica

Prova de Amor

Ex-promotora pública volta a advogar para se defender, quando é surpreendida com o processo da filha caçula que exige a emancipação. Eles a conceberam através de combinação genética com o intuito de prolongar a vida da irmã mais velha, que sofre de câncer. Ex-promotora pública volta a advogar para se defender, quando é surpreendida com o processo da filha caçula que exige a emancipação. Eles a conceberam através de combinação genética com o intuito de prolongar a vida da irmã mais velha, que sofre de câncer.

High School Band

Will Burton é um adolescente que se muda para New Jersey e com isso vê pela frente a oportunidade de começar uma nova vida em uma nova cidade. Logo em seus primeiros dias na escola, Will conhece duas garotas, completamente diferentes uma da outra: a tímida e introvertida Sam e a descolada e popular Charoltte Banks, talentosa ex-namorada do vocalista da banda mais quente da escola. Quando Will revela seu conhecimento enciclopédico de música, do clássico ao punk, ele é convidado para gerenciar a nova banda de rock de Charlotte e ajudá-los a vencer a maior batalha de bandas da cidade: o Bandslam. Com isso, Will deixa de lado seu antigo status de perdedor, mas acaba por se ver em um mundo de rivalidade, ressentimentos, traições e descobre o amor, sentimento que ele nunca conheceu antes. Quando uma súbita mudança ameaça a ruptura da banda, Will se vê obrigado a vencer seus medos, tomar o controle da situação e encarar seus desafios.

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Tempo de Paz

Filmes nacionais são sempre um problema, tem quem goste e tem quem não goste. O fato é que o cinema nacional está crescendo cada vez mais e está conquistando seu espaço nas salas de cinema do Brasil com produções cada vez melhores e Tempos de Paz veio pra fazer parte da lista de filmes nacionais que valem a pena serem assistidos.

O filme se passa logo após o fim da segunda guerra mundial, quando muitos Europeus vieram para o Brasil em busca de uma nova vida longe de tudo que eles haviam passado. E nessa situação que o ator Polonês Clausewitz (Dan Stulbach) chega ao Rio de Janeiro onde é levado para interrogatório na imigração pelo funcionário público Segismundo (Tony Ramos). A partir daí vale lembrar que este filme foi feito baseado na peça Novas Diretrizes em Tempo de Paz e o filme e que influencia muito na estética da película com seus cenários estáticos e diálogos que remetem bastante à origem teatral do filme.

Dan Stulbach e Tony Ramos também interpretam os personagens no teatro, o que explica a química que ocorre quando juntos em cena e a boa atuação dos atores principais. Os atores coadjuvantes também se saem bem nos papéis, mas salvo algumas exceções não são bem aproveitados, fazendo parte da trama secundária que não agrada muito, pois é bastante confusa e parece estar lá só pra dar uma base ao passado de Segismundo na policia política durante o governo de Getúlio Vargas.

Tempos de Paz cumpre muito bem o seu papel de homenagear os artistas Europeus que vieram para o Brasil nesta época e fizeram parte da cultura Brasileira contribuindo e muito com as artes no nosso país.

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Borat é tão fora de moda

Em 2006 o mundo descobriu o comediante Inglês Sacha Baron Cohen como Borat o segundo melhor repórter do Cazaquistão em suas aventuras pelos Estados Unidos e agora em 2009 O Repórter de moda Austríaco que depois de ver sua carreira acabar em seu país natal decide atravessar o Atlântico e ir para América alcançar o sucesso e se tornar “uber famoso”. E claro que nada de bom pode sair daí.
Todos aqueles que riram, fizeram cara de nojo e se indignaram com Borat, podem esperar muito mais de Bruno, que eleva a escatologia e a vergonha alheia ao cubo em cenas que a cada segundo alfineta o estilo americano de vida com todo seu preconceito, certezas e futilidade. Cenas impagáveis como Bruno em uma festa de swing são características desse humor negro e doentio que ficou conhecido no primeiro filme de Sacha.
O enredo de Bruno é bem parecido com o de Borat o que acaba deixando a seqüência parecida com o spin-off de uma série qualquer e dá a sensação de deja vu em algumas cenas, mas que mesmo assim não tiram o mérito de toda a produção que supera as expectativas de uma continuação.
Enfim Bruno é um ótimo filme para aquelas pessoas, que não se chocam fácil e que se divertem muito mais com o politicamente incorreto. Palmas para Sacha que consegue tantas proezas com personagens tão distintas entre si, mas todas cumprem o seu papel, sendo um repórter do Cazaquistão, um outro repórter homossexual austríaco, um rapper, ou um barbeiro charlatão.

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Apenas o fim.

Em poucas palavras pode-se dizer que o filme é uma autobiografia dos relacionamentos adolescentes ou não das pessoas que cresceram e passaram a vida usufruindo a cultura pop. Esta que é citada durante todo o filme para simbolizar discussões, conversas e momentos engraçados do casal que protagoniza a história.

A trama do filme é simples, Ela (interpretada por Érika Mader) fala para Ele (Gregório Duvivier) que está indo embora e que eles têm uma hora antes que ela parta. A partir daí acontece uma série de conversas no campus da faculdade que vão de devaneios sobre o futuro do casal ao saudosismo romântico dos casais apaixonados e todas essas conversas regadas a referências à cultura pop em geral que envolvem até uma discussão sobre o que é melhor, os filmes de Godard ou Transformers. Claro que as referências não param por ai e esse é um ponto interessante no filme, onde as pessoas não se prendem somente ao romantismo que a situação proporciona e passam também a prestar atenção e comentários sobre Kingdom Hearts, Tamgochi, Star Wars e etc. Levando também o espectador ao saudosismo da adolescência, infância e por que não à vida adulta.

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Na parte técnica Mateus Souza, um garoto de apenas 20 anos, mostra que veio mostrar serviço no cinema nacional. Com takes simples e cenário natural, mostra que o cinema não precisa ser recheado de efeitos e sofisticações para ser bom.

Apenas o fim vai fazer você se lembrar de um grande amor, de todo o sofrimento de um final de relacionamento, da angústia, das lembranças, de tudo que foi bom e foi ruim no relacionamento. Com certeza você vai achar um pouco de si em cada um dos personagens. E lembrar que as vezes é apenas o fim.

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E Você? O que tem na sua coleção?

Toda pessoa apaixonada por cinema com certeza tem algum, ou alguns filmes na sua prateleira. Desde um filme que marcou um momento especial, um que a pessoa se identificou, aqueles das bancas de jornal e até algum filme que achou na promoção se interessou, mas se arrependeu profundamente de ter comprado assim que subiram os primeiros créditos finais.

Eu como um aspirante a cinéfilo, já tenho dentro do guarda-roupa (ainda não tenho um espaço na prateleira pros meus filmes) uma modesta coleção de filmes e séries, que está crescendo e que é incontável o número de filmes que ainda quero possuir.

Mas e você leitor deste humilde blog. Tem algum filme ou uma coleção de filmes em casa? Comente sobre os filmes que você tem, ou pelo menos aqueles que você mais se orgulha de ter.

Aqui vai o link com os filmes da minha coleção. Já aviso que existem alguns que eu comprei por impulso e acabei me arrependendo, alguns eu não assisti ainda, e outros que viraram pérolas da coleção. Um exemplo dessas pérolas é o Ensaio Sobre a Cegueira autografado pelo Fernando Meireles, que comprei pela 2001.

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A lista – Você está livre hoje ?

Hugh Jackman, Ewan Mcgregor e Charlotte Rampling. Três nomes de peso do cinema, mas Poster A Lista2que não conseguiram salvar A Lista de ser um filme bem abaixo da média.

Começamos comentando a trama do filme. A trama tem preâmbulo mostrar as aventuras de Jonathan, Ewan McGregor, um contardor solitário, que em uma noite de trabalho acaba descobrindo a vida de glamour e sexo dos grandes empresários de Wall Street, quando conhece Wyatt Boss, um desses tais executivos. Até ai tudo bem, a sensualidade e as novas descobertas de Jonathan deixam a trama interessante, mas a a partir do meio do filme quando a trama começa a ser revelada tudo fica muito sem graça nada condizente com a emoção toda que é mostrada no inicio. Já o desfecho termina por estragar o final do filme, uma vez que ele tenta ter aquela virada espetacular, mas acaba sendo cheia de clichês mal aproveitados.

Mudando o foco da análise chegamos as atuações. Quando vi os atores fiquei curioso, mais pelos nomes de Jackman e McGregor, atores dois quais conheço mais o trabalho, mas vendo o filme me decepcionei com as personagens e com as atuações. McGregor não convence nem um pouco no papel de contador solitário de cabelo lambido (aliás como ele ficou estranho com esse cabelo), Hugh Jackman tem um maior êxito em sua atuação, mas o papel que ele faz não é um dos melhores de sua carreira. Michelle Williams que faz o papel de S., interesse amoroso de Jonathan também não tem uma personagem muito elaboarada Já a veterana Charlotte Rampling manda bem em sua curtíssima aparição no filme. Creio que o papel dela podia ter sido melhor aproveitado.

A lista tem um roteiro ruim, atuações péssimas para os nomes que carrega. Não é um dos piores filmes já feitos, mas com certeza deixou muito a desejar.

A Lista estréia no dia 12 de dezembro

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